A língua portuguesa não é sexista e gênero gramatical não é o mesmo que gênero sexual. Parte 1.
Faz sentido confundir gênero gramatical com gênero sexual? Para os linguistas não, não faz sentido.
Primeira parte:
Na língua portuguesa, assim como nas demais línguas neolatinas, os substantivos têm gênero que convencionalmente chamamos de masculinos e femininos, ocorre que somente 6,5% de todos os substantivos desta língua, o gênero gramatical se confunde com o gênero sexual. Isso mesmo, menos de 7% das palavras de língua portuguesa. Mas como elas são palavras recorrentes como 'menino' e 'menina' causa a impressão de que a língua portuguesa é de fato um sistema sexualizado e por vezes machista, por colocar o "gênero feminino" na condição de subalternização nas construções frasais pluralizadas e genéricas. Mas boa parte dos substantivos não designa sexo algum, é só uma categoria classificatória convencionalizada.
Há idiomas em que, os adjetivos, os objetos, fenômenos da natureza e conceitos não têm gênero gramatical masculino ou feminino, como no inglês( que às vezes pode ter só pra não restar dúvida do sexo do meu referente), e idiomas que nem existe gênero sexual nas palavras que designam pessoas como nalgumas línguas indígenas da América do Sul. E no entanto, não consta que essas sociedades foram menos machistas que as sociedades que se expressam em língua portuguesa ou em outra língua neolatina.
Vejam como esse tipo de acusação não tem fundamento algum. E porque escrever com terminações da moda como X, @ ou E não faz o menor sentido:
Palavras como o rapaz é masculina, mas um conjunto de rapazes "(a)rapaziada" é do gênero feminino, e no entanto estou me referindo a um conjunto de homens, não de mulheres. A testemunha é um palavra feminina que serve tanto para homem quanto pra mulher, pessoa também.
Quando um homem hétero acha uma mulher muito bonita, exuberante, fala: Nossa! Que mulherão?! A terminologia 'ão' é sempre do gênero gramatical masculino, neste caso, o substantivo está no masculino, é de uma mulher que o homem está se referindo. Quando num local está reunido homens e mulheres jovens podemos usar em português o termo ' (a)moçada' que é uma palavra do gênero gramatical feminino, criança é um termo que designa uma ser humano puérpero de ambos os sexos, mas é uma palavra do gênero feminino, (o) cônjuge também é outra palavra comum de dois gêneros. Enfim, há enes palavras que desmonta esse argumento de que o português é uma idioma sexualizado.
Segunda parte:
Marcas de gêneros e ausência de marca de gênero.
(1)Os alunos estão na sala.
(2) As alunas estão na sala.
Na sentença 1 há duas conclusões que podemos tirar, de que se trata de uma sala de aula cheio de alunos do sexo masculino. Ou, de uma sala de aula com alunos e alunas.
Na sentença 2 não resta dúvida de se trata de uma sala de aula comente com alunas mulheres.
(3) Aqui faz frio.
sentenças sem sujeitos fica no masculino por pura convenção.
(4) Uma cerveja seria ótimo.
Por que neste caso o 'ótimo' não concorda com o sujeito cerveja?
Não há explicação, de novo é uma convenção.
Um linguista estudioso da língua portuguesa chegou a conclusão que o mais correto é dizer "marcas de gênero" e "ausência de marcas de gênero" no lugar de masculino e feminino. Para o linguista, na língua portuguesa, o que se convencionou chamar de gênero masculino ora tem marca de gênero, ora não tem. E que o feminino tem marca de gênero. Como no exemplo 2
Mas até nisso, há uma congruência, o gênero feminino também pode não ter marca de gênero como mostrei nos exemplos da primeira parte.
Como vocês podem ver, tentar imputar qualquer acusação de machismo na estrutura gramatical da língua portuguesa e que ela prioriza o masculino em detrimento do feminino, porque é uma língua machista não faz o menor sentido quando examinamos de perto a mecânica da língua. E que as terminações "O" e "A" podem, por vezes, comportar-se mais como vogais temáticas do que do como marcadores de sexo na língua.
Referência 1:https://drive.google.com/file/d/0B98IqtmAZ-MNTXFRRmszeHh3WG8/view
Referência 2: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3131/n/questao_de_genero/Post_page/8
Referência 3: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/elx-els-todxs-na-lingua-portuguesa-sem-genero-neutro-apenas-masculino-e-feminino-bm8jcy7i87jfe7geodpop4cbg
Referência 4: http://www.nehmaat.uff.br/revista/2012-2/artigo09-2012-2.pdf
Referência 5: https://cursodelatim.wordpress.com/2009/08/22/os-generos-dos-substantivos/
Primeira parte:
Na língua portuguesa, assim como nas demais línguas neolatinas, os substantivos têm gênero que convencionalmente chamamos de masculinos e femininos, ocorre que somente 6,5% de todos os substantivos desta língua, o gênero gramatical se confunde com o gênero sexual. Isso mesmo, menos de 7% das palavras de língua portuguesa. Mas como elas são palavras recorrentes como 'menino' e 'menina' causa a impressão de que a língua portuguesa é de fato um sistema sexualizado e por vezes machista, por colocar o "gênero feminino" na condição de subalternização nas construções frasais pluralizadas e genéricas. Mas boa parte dos substantivos não designa sexo algum, é só uma categoria classificatória convencionalizada.
Há idiomas em que, os adjetivos, os objetos, fenômenos da natureza e conceitos não têm gênero gramatical masculino ou feminino, como no inglês( que às vezes pode ter só pra não restar dúvida do sexo do meu referente), e idiomas que nem existe gênero sexual nas palavras que designam pessoas como nalgumas línguas indígenas da América do Sul. E no entanto, não consta que essas sociedades foram menos machistas que as sociedades que se expressam em língua portuguesa ou em outra língua neolatina.
Vejam como esse tipo de acusação não tem fundamento algum. E porque escrever com terminações da moda como X, @ ou E não faz o menor sentido:
Palavras como o rapaz é masculina, mas um conjunto de rapazes "(a)rapaziada" é do gênero feminino, e no entanto estou me referindo a um conjunto de homens, não de mulheres. A testemunha é um palavra feminina que serve tanto para homem quanto pra mulher, pessoa também.
Quando um homem hétero acha uma mulher muito bonita, exuberante, fala: Nossa! Que mulherão?! A terminologia 'ão' é sempre do gênero gramatical masculino, neste caso, o substantivo está no masculino, é de uma mulher que o homem está se referindo. Quando num local está reunido homens e mulheres jovens podemos usar em português o termo ' (a)moçada' que é uma palavra do gênero gramatical feminino, criança é um termo que designa uma ser humano puérpero de ambos os sexos, mas é uma palavra do gênero feminino, (o) cônjuge também é outra palavra comum de dois gêneros. Enfim, há enes palavras que desmonta esse argumento de que o português é uma idioma sexualizado.
Segunda parte:
Marcas de gêneros e ausência de marca de gênero.
(1)Os alunos estão na sala.
(2) As alunas estão na sala.
Na sentença 1 há duas conclusões que podemos tirar, de que se trata de uma sala de aula cheio de alunos do sexo masculino. Ou, de uma sala de aula com alunos e alunas.
Na sentença 2 não resta dúvida de se trata de uma sala de aula comente com alunas mulheres.
(3) Aqui faz frio.
sentenças sem sujeitos fica no masculino por pura convenção.
(4) Uma cerveja seria ótimo.
Por que neste caso o 'ótimo' não concorda com o sujeito cerveja?
Não há explicação, de novo é uma convenção.
Um linguista estudioso da língua portuguesa chegou a conclusão que o mais correto é dizer "marcas de gênero" e "ausência de marcas de gênero" no lugar de masculino e feminino. Para o linguista, na língua portuguesa, o que se convencionou chamar de gênero masculino ora tem marca de gênero, ora não tem. E que o feminino tem marca de gênero. Como no exemplo 2
Mas até nisso, há uma congruência, o gênero feminino também pode não ter marca de gênero como mostrei nos exemplos da primeira parte.
Como vocês podem ver, tentar imputar qualquer acusação de machismo na estrutura gramatical da língua portuguesa e que ela prioriza o masculino em detrimento do feminino, porque é uma língua machista não faz o menor sentido quando examinamos de perto a mecânica da língua. E que as terminações "O" e "A" podem, por vezes, comportar-se mais como vogais temáticas do que do como marcadores de sexo na língua.
Referência 1:https://drive.google.com/file/d/0B98IqtmAZ-MNTXFRRmszeHh3WG8/view
Referência 2: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3131/n/questao_de_genero/Post_page/8
Referência 3: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/elx-els-todxs-na-lingua-portuguesa-sem-genero-neutro-apenas-masculino-e-feminino-bm8jcy7i87jfe7geodpop4cbg
Referência 4: http://www.nehmaat.uff.br/revista/2012-2/artigo09-2012-2.pdf
Referência 5: https://cursodelatim.wordpress.com/2009/08/22/os-generos-dos-substantivos/
Comentários
Postar um comentário