A língua portuguesa não é sexista e gênero gramatical não é o mesmo que gênero sexual. Parte 2
Quem entra na onda de apagar o gênero gramatical nas terminações dos substantivos deveria voltar a estudar os substantivos na língua portuguesa e quanto essa coisa de escrever com @, x ou E não faz sentido algum. Não faz sentido porque nem sempre as terminações em "o" ou "a" servem para marcar o sexo dos indivíduos. Menos de 7% das palavras da língua portuguesa fazem, de fato, referência ao sexo das pessoas. Seria legal quem pensa que a língua portuguesa é sexista voltar a estudar substantivo comum dos dois gêneros, substantivo epiceno, sobrecomum, substantivo de gênero incerto .Enfim... Esse movimento que tenta transformar um fenômeno orgânico como a língua que não muda por decretos e nem por imposições, em nome de ideologias políticas não fazem o menor sentido. E gênero gramatical não é o mesmo que gênero sexual.
O PRESIDENTE da república é A PESSOA que chefia o poder Executivo.
AS MULHERES são MEMBROS do Comitê eleitoral.
AS CRIANÇAS estão brincando na rua.
As ZEBRAS correm pelas savanas africanas.
AS TESTEMUNHAS estão sendo PROTEGIDAS por policiais enquanto relevam os indivíduos que cometeram o crime.
Essa menina é UM ANJO de PESSOA.
ELE é UMA PESSOA muito legal.
ELA é UM INDIVIDUO capaz de fazer tudo por alguém que ama.
Paula é O ALGOZ do Pedro.
Roberta é UM FANTASMA na vida de Pablo.
Nossa! Ela é UM MULHERÃO!
A RAPAZIADA tá bem ANIMADA hoje.
Enfim, como vocês podem ver. Gênero gramatical não o mesmo que gênero sexual. A todo o tempo a gente troca o gênero dos objetos, coisas, situações e pessoa a depender do tipo de substantivo ou adjetivo que usamos. Isso tá tão introjetado na nossa linguagem que nem percebemos. É tudo muito aleatório, acidental.
Tanto o que se convencionou chamar de masculino ou feminino muda de sentido que nem sempre está relacionado com o sexo dos nossos personagens. Ora o masculino tem a forma genérica, ora é o feminino. É tudo muito aleatório.
As vezes o masculino tem ausência de marca de gênero, outras é o feminino, ora é o feminino que tem ausência de marca de gênero, ora é o masculino.
Exemplos:
Os alunos estão a sala de aulas.
Essa sentença pode nos dar suas conclusões, ou são todos alunos do sexo masculino ou são alunos dos dois sexos.
Mas quando dizemos: As alunas estão na sala de aula. Claramente estamos designando seres do sexo feminino tão somente.
No primeiro caso, o masculino exerce a função mais genérica ou de marcador de gênero, a depender do contexto. Já no segundo exemplo o termo "as alunas" claramente exerce a função de marca de gênero(sexual).
Mas quando eu digo: todas as pessoas desta sala são gente-boa.
"As pessoas", termo feminino sobrecomum, exerce a função de ausência de marca de gênero, porque não temos a ideia de qual sexo tem ESSES INDIVÍDUOS.
Olha que coisa, 'indivíduos' também exerce a função de ausência de de marca de gênero... Mesmo estando no masculino.
São só convenções da língua. Nossa língua deriva do latim, que tinha três gêneros, o masculino, o feminino e o neutro. Com o tempo, o gênero neutro foi caindo da língua latina e isso passou para o português, então o feminino e o masculino começaram a exercer as funções que eram originalmente do gênero neutro. É por isso que tudo tem gênero masculino e feminino no nosso idioma. Mas é por pura convenção e necessidade imposta pela evolução do idioma.
Vejam como esse discurso todo de língua sexista é um grande bobagem.
PS.:O manual de uso não-sexista da língua é tão bobeira quanto essa coisa de trocar as desinências de gênero. Trocar "Bom dia a todos" por "Bom dia a todas as pessoas".Soa estranho, além de não promover a economia das palavras que é um das funções da fala corrente.
Fazer flexões de gênero a todo momento deixa a comunicação enfadonha e longa, mas muitos as usam como recurso em discurso político para incluir. Ok. Não há problema em se dispor desse recurso linguístico, mas geralmente quem faz flexões de gênero em discurso já introjetou essa ideia de que a língua é machista.
O PRESIDENTE da república é A PESSOA que chefia o poder Executivo.
AS MULHERES são MEMBROS do Comitê eleitoral.
AS CRIANÇAS estão brincando na rua.
As ZEBRAS correm pelas savanas africanas.
AS TESTEMUNHAS estão sendo PROTEGIDAS por policiais enquanto relevam os indivíduos que cometeram o crime.
Essa menina é UM ANJO de PESSOA.
ELE é UMA PESSOA muito legal.
ELA é UM INDIVIDUO capaz de fazer tudo por alguém que ama.
Paula é O ALGOZ do Pedro.
Roberta é UM FANTASMA na vida de Pablo.
Nossa! Ela é UM MULHERÃO!
A RAPAZIADA tá bem ANIMADA hoje.
Enfim, como vocês podem ver. Gênero gramatical não o mesmo que gênero sexual. A todo o tempo a gente troca o gênero dos objetos, coisas, situações e pessoa a depender do tipo de substantivo ou adjetivo que usamos. Isso tá tão introjetado na nossa linguagem que nem percebemos. É tudo muito aleatório, acidental.
Tanto o que se convencionou chamar de masculino ou feminino muda de sentido que nem sempre está relacionado com o sexo dos nossos personagens. Ora o masculino tem a forma genérica, ora é o feminino. É tudo muito aleatório.
As vezes o masculino tem ausência de marca de gênero, outras é o feminino, ora é o feminino que tem ausência de marca de gênero, ora é o masculino.
Exemplos:
Os alunos estão a sala de aulas.
Essa sentença pode nos dar suas conclusões, ou são todos alunos do sexo masculino ou são alunos dos dois sexos.
Mas quando dizemos: As alunas estão na sala de aula. Claramente estamos designando seres do sexo feminino tão somente.
No primeiro caso, o masculino exerce a função mais genérica ou de marcador de gênero, a depender do contexto. Já no segundo exemplo o termo "as alunas" claramente exerce a função de marca de gênero(sexual).
Mas quando eu digo: todas as pessoas desta sala são gente-boa.
"As pessoas", termo feminino sobrecomum, exerce a função de ausência de marca de gênero, porque não temos a ideia de qual sexo tem ESSES INDIVÍDUOS.
Olha que coisa, 'indivíduos' também exerce a função de ausência de de marca de gênero... Mesmo estando no masculino.
São só convenções da língua. Nossa língua deriva do latim, que tinha três gêneros, o masculino, o feminino e o neutro. Com o tempo, o gênero neutro foi caindo da língua latina e isso passou para o português, então o feminino e o masculino começaram a exercer as funções que eram originalmente do gênero neutro. É por isso que tudo tem gênero masculino e feminino no nosso idioma. Mas é por pura convenção e necessidade imposta pela evolução do idioma.
Vejam como esse discurso todo de língua sexista é um grande bobagem.
PS.:O manual de uso não-sexista da língua é tão bobeira quanto essa coisa de trocar as desinências de gênero. Trocar "Bom dia a todos" por "Bom dia a todas as pessoas".Soa estranho, além de não promover a economia das palavras que é um das funções da fala corrente.
Fazer flexões de gênero a todo momento deixa a comunicação enfadonha e longa, mas muitos as usam como recurso em discurso político para incluir. Ok. Não há problema em se dispor desse recurso linguístico, mas geralmente quem faz flexões de gênero em discurso já introjetou essa ideia de que a língua é machista.
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